domingo, 27 de janeiro de 2013

O BRASIL DE ÓCULOS PRECISA DE RESPOSTAS URGENTES







Recentemente recebi um e-mail de leitora dos meus artigos Opticanet, pedindo informações sobre problemas com a sua receita de óculos. Entendo a aflição desta leitora em buscar informações com alguma autoridade no assunto (o que não sou), principalmente por que, raras pessoas versadas no tema, estão presentes na mídia social como eu que, me preocupei em ajudar aos que precisam de informações básicas e úteis.

Em meu livro O SEGREDO PARA VENDER + ÓCULOS, existe uma frase cunhada por mim com o seguinte teor: O saber só encontra valor quando extrapola os limites do seu possuidor, saber retido é egoísmo que atrofia o conhecimento.

Busquei uma alternativa para não deixar minha leitora sem resposta, encontrando a lembrança automática de uma das maiores autoridades no assunto, Professor Artemir Bezerra. Imediatamente encaminhei o e-mail da leitora para ele, tendo o mesmo já respondido como prova o conteúdo de sua resposta abaixo, no e-mail enviado para a leitora Andrea e copiado para mim em 18/01/2013.

Naturalmente que o assunto não se esgotou, contudo estaremos atentos para o fato, até que a leitora esteja plenamente satisfeita com a confiança em nós depositada.

E-mail da leitora Andrea para mim, encaminhado ao Profº Artemir Bezerra em 11/01/2013

Caro Luiz,
 
Fiz um óculos com as seguintes medidas: od plano, -1,00 e 75º e oe plano -1,5 e 105º. Porém ao usá-lo não consigo ver nitidamente de perto. Procurei outro profissional este recetou lente multifocais. O problema permance e ao procurar o 3º profissional este disse que eu tinha intolerância a lentes multifocais e que eu que tomassse a decisão de usar assim ou não.
O que posso fazer para resolver está situação?
Grata,
 
E-mail da resposta parcial do Profº Artemir Bezerra para a leitora Andrea

Andrea


Olá Andrea, está em paz? Antes de tudo, perdoe-me a demora em responder o e-mail, professor Luiz Amorim, meu amigo, encaminhou-me seu caso e eu não abri minha caixa nestes dias, por alguns problemas que passei. De qualquer forma, espero que ainda possa contribuir com a solução deste probleminha.

Vamos discorrer sobre o caso que você reportou.

Pra eu falar com maior segurança, preciso de algumas informações a mais, por exemplo: Qual sua idade? A dioptria (grau) que você informou parece estar incompleta, ou seja, falta a adição. Vou lhe mostrar como seria sua receita, veja:


LONGE
ESFÉRICO
CILÍNDRICO
EIXO
OD
0,0
1,0
75°
OE
0,0
1,5
105°
 
A adição é um valor que é adicionado (por isso se chama adição) ao esférico de longe da receita para que você possa enxergar bem para perto. Porém, você informou somente a dioptria (grau) de longe, conforme a receita acima.

Preciso saber qual sua idade, pois, a adição só é prescrita para pessoas, em média, acima de 40 anos de idade.
Quanto a possível intolerância ao multifocal, caso a adição exista, pois, todo multifocal possui adição, existe no mercado uma gama enorme de tipos de multifocais, logo, é possível que você se adapte bem ao multifocal correto pra você. Neste caso, se você permitir, posso te indicar alguns tipos que permitem adaptação mais fácil e com segurança. Mas isso vai depender das informações que já te falei. Me informe sua idade e a adição de sua receita que discorrerei mais sobre o assunto. Outra coisa, sabe dizer quantos milímetros mede sua armação na vertical?

Em tempo, 2013 de muita paz e sucesso.”

É isto que eu busco constantemente nas minhas iniciativas para o desenvolvimento do setor óptico. Entender as pessoas com dificuldades em todos os níveis, colocando-as em contato com as respostas que dificultam o esclarecimento.

Quando todos os atores deste setor concluírem que O BRASIL DE ÓCULOS PRECISA DE RESPOSTAS URGENTES, estaremos mais próximos de alcançar o ideal de convivência solidária.

sábado, 19 de janeiro de 2013

OLHOS ATENTOS AOS OLHOS DO CLIENTE


Autor: Prof. Luiz Amorim


A verdadeira viagem na busca da identificação dos desejos de nossos clientes não está na criação de belas vitrines ou lojas suntuosas, mas sim nos olhos atentos dos consultores das óticas.
Vendedores que só tem olhos para armações e lentes, e, não olham nos olhos dos seus clientes, não conseguem enxergar a emoção, o desejo e tantos outros sentimentos ocultos. Estes sentimentos estão ali, prontos para se revelarem, porém, falta-lhes o estímulo necessário à revelação, que somente um consultor hábil e sábio saberá acionar.
Os vendedores de óticas são pouco afeitos aos afagos e cortejos que despertam a emoção dos clientes no início do relacionamento. Falta-lhes a percepção para entender os desejos, apreensões, necessidades e vaidades tão comuns na natureza humana.
Fazer uma investigação preliminar para estabelecer um diálogo esclarecedor e estreitar laços é imprescindível para se conseguir as informações necessárias ao pleno atendimento técnico e comercial. Sem conhecer o universo dos clientes não se atende bem, não se vende bem e tudo pode ir mal.
As armações deixaram de ser simples aros para lentes, faz tempo, porém os vendedores não entenderam direito esta lição. Atualmente elas obedecem a critérios de: moda, tendência, estilos, época, personalidade, além de outros requisitos necessários à saúde visual. Podemos até assegurar que os motivos aleatórios à saúde, são determinantes na hora da compra. Existe sim uma inversão dos valores neste caso, pois os preconceitos e estigmas contra os óculos já se extinguiram para dar lugar ao objeto do desejo.
Da mesma forma, as lentes evoluíram e já disponibilizam aos usuários o melhor da tecnologia em forma, leveza e características próprias que lhe emprestam um tom de elegância e conforto associados.
Diante da complexidade destes dois personagens do mundo óptico, como pode o vendedor ser simplista, tratando ambos os produtos como meros produtos de balcão? Desde apresentá-los amontoados na própria mão, até deixá-los esquecidos por cima da mesa, toda sorte de desprezo tem sido destinado a esta nobreza.
Onde estão os olhos dos empresários e lideranças responsáveis por estas pessoas? Por que não atentam para o fato de que, esta viagem ao esquecimento com velhas paisagens, cega os olhos para o essencial?
Nós críticos, também somos clientes e sabemos sobre o que estamos falando. Não atamos relações com pessoas descomprometidas com os nossos interesses, e, muito menos com vendedores que não nos conhecem, não procuram nos conhecer, mas, pretensiosamente, tentam vender o que eles mal conhecem.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O SEGREDO PARA VENDER + ÓCULOS

INÉDITO E ÚNICO NO BRASIL
2ª EDIÇÃO REVISADA E ATUALIZADA 

clique na imagem para ampliar



Adquira seu exemplar  à partir de março/2013.

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ANO NOVO, VENDEDOR VELHO



Autor: Prof. Luiz Amorim

Laboratórios ópticos ganham dinheiro, distribuidoras e fábricas de armações ganham dinheiro, empresários do setor ganham muito dinheiro e o vendedor de ótica amarga mais um ano novo com velhas esperanças.  

Por quanto tempo ainda, conviveremos com esta triste realidade?
Tenho acompanhado as notícias do setor óptico nos portais e revistas, conversado com lideranças e autoridades envolvidas com grandes decisões corporativas, entretanto nada registrei de benefício ao vendedor de óticas, notadamente algum programa de qualificação para atendimento ou entendimento técnico do seu ofício.

Os números do setor óptico são gigantescos segundo a Abióptica, e, mesmo esta entidade que tem uma iniciativa nobre como a Fundação Abióptica, não consegue suprir as mínimas necessidades do mercado.

A profissão de consultor óptico é atraente, o mercado tem oportunidades para empregar muita gente, porém as pessoas que desejam ingressar nele não sabem onde buscar a qualificação necessária para o primeiro emprego. Esta é a fórmula que alimenta o círculo vicioso onde "o mercado não vende mais por que não treina e não treina por que não vende mais". Os mesmos atores deste caótico cenário seguem se revezando nas óticas levando vícios e multiplicando a insatisfação de patrões e empregados.

O presidente do Sindióptica.SP Sr. Akira Kido, acompanhado do Diretor Executivo desta entidade Sr.Luiz Alberto Perez Alves e ainda o coordenador do CNC Sr. André Roncatto e o Diretor executivo do Sindióptica.RS, Sr. Roberto Tenedini, estiveram em Brasília com a equipe do Ministério da Saúde para apresentar o projeto "Óptica Popular do Brasil". O referido projeto trata de inclusão visual para população de baixa renda. Segundo depoimento desta comitiva, "eles ficaram muito entusiasmados com a receptividade que o projeto obteve, bem como com o interesse demonstrado pelo Ministério da Saúde". Julgo este, o maior acontecimento do setor óptico brasileiro em 2012, afinal, se aprovado, representará mais emprego e oportunidades para o crescimento do setor.

A iniciativa é louvável, e, certamente necessária. Minha preocupação, mais uma vez se reforça, caso este projeto seja aprovado pelo Ministério da Saúde. Neste cenário teremos: mais vendas de lentes e armações, mais serviços para os laboratórios e mais empresários surgindo no mercado e, a conseqüente pergunta: Como ficará a mão de obra, frente a este crescimento inevitável?

Conheço de perto a luta do Sr. Akira Kido e do seu Diretor Luiz Alberto Perez Alvez, em prol da melhoria na qualificação dos parceiros do Sindióptica.SP, pois em 2012 ministrei três palestras em regiões distintas do estado de São Paulo com este objetivo. Nestes eventos pudemos constatar a importância dada pelos inscritos, pela presença numerosa e vivo interesse demonstrado no tema proposto.
 
O estado de São Paulo sempre na vanguarda em todos os setores, certamente se beneficiará com a aprovação de projetos desta natureza, mas, mesmo ele não estará imune as deficiências crônicas e o abismo existente entre a necessidade e a contratação de mão de obra qualificada.

Muito se faz para a defesa e o crescimento do setor óptico, contudo todos os atores devem ser contemplados, principalmente o maior responsável por todas estas conquistas. (O VENDEDOR).

Um povo que ignora seus direitos e deveres, atrofia o desenvolvimento de um país que, mergulhado nos escândalos da corrupção envergonha a todos. O setor óptico não foge a regra, se guardadas as devidas proporções. Não pode ser forte um setor que patrocina a ignorância dos seus colaboradores.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O TRISTE FIM DA ÉTICA ÓPTICA

Autor: Prof. Luiz Amorim


Ao iniciar minha participação na ótica Revista edição 353 (jan/fev-2012) como colunista, quis demonstrar quanto o segmento ótico é promissor aos que efetivamente sabem valorizar a ética. Sou otimista por natureza, mas meus comentários na matéria não tinham a pretensão de pintar o cenário com matizes dourados. Sei que, em todos os segmentos da economia, muitos agem à margem da lei, contudo existem àqueles que honesta e eticamente sobrevivem apesar de tudo.

Os comentários a seguir, enviados por uma leitora da Ótica Revista, faz meu artigo parecer lúdico e infantil. Leiam!

Olá, boa tarde, meu nome é Rute Beatriz, sou da cidade de Rio Claro - SP, há 50 anos minha família é do ramo ótico. Ramo maravilhoso onde se fazia dele uma verdadeira profissão, apesar de infelizmente ainda não ser reconhecida pelo nosso país. Mas o meu assunto se refere à sua reportagem na Ótica Revista de março 2012. Achei muito interessante... De fato se formos analisar não existe outro ramo com estas características citadas pelo senhor, mas quero aproveitar também, e dizer algumas palavras conforme segue abaixo:
Qual é o ramo que dá ou distribui mercadoria que a própria loja vende?
Qual é o ramo que vende o seu artigo a R$ 1,99 como propaganda, para chamar atenção do público?
Qual é o ramo que anuncia com um adesivo bem grande na sua loja dizendo “NÃO GASTE COM  ARMAÇÃO, NÓS RECUPERAMOS A SUA"
Qual é o ramo da área da saúde que tem seus produtos vendidos em camelódromos; lojas de RS 1,99...
Qual é o ramo que tem um bar montado em seu estabelecimento oferecendo bebidas alcoólicas a seus clientes?
E NINGUÉM FAZ NADA!
E muito mais, é muito triste ver nosso ramo neste estado, onde temos uma fatia maravilhosa do mercado e o próprio ramo por algumas redes ou lojas estão fazendo que o usuário de óculos seja um consumidor que não dá a mínima importância para um ramo tão bonito e produtivo.
Obrigada por ler esta minha mensagem, mas já que o Sr. tem feito palestras e entrevistas referente ao nosso ramo creio que seria interessante também ter em seu conteúdo este assunto tão importante.
Um abraço”

Se desejarem comparar os contrastes, leiam nas páginas 106 e 108 da edição 353 desta revista. É lamentável que famílias tradicionais que enobrecem a arte de vender óculos tenham que conviver com esta horda de degenerados. A tradição de fazer negócio cuidando dos aspectos éticos e honestos que permeiam as relações deixou de ter sentido e cede lugar para o “salve-se quem puder”.

Na introdução do meu livro O SEGREDO PARA VENDER + ÓCULOS, cito uma matéria do Optical Journal de 1901 “Se você valoriza sua visão não deve confiar nas palavras de vagabundos que vão de casa em casa vendendo óculos. Eles vão dizer que seus olhos estão doentes, e nada, senão suas lentes vão salvá-los da cegueira. Tal conversa é um insulto à sua inteligência”.

Como se constata nesta matéria, os desmandos e impunidade vêm desde o século passado. Quanto aos desmandos contemporâneos, nada podem fazer os comerciantes honestos, a não ser esperar por decisões dos poderes públicos, notadamente a Vigilância Sanitária. À leitora Rute Beatriz e sua família, que há cinquenta anos dignificam a profissão de ópticos, resta a certeza de que não se corromperam, nem utilizaram de meios escusos para sobreviverem.

Diante deste evidente contraste, de um lado os desmandos e a impunidade, e do outro a legalidade e a ética, vê-se que a ética tem sobrevivido há cinquenta anos, sem máculas, ao passo que, os artifícios espúrios vivem por pouco tempo, apesar de sempre se reinventarem. A cada dia surgem novos “espertalhões” com suas idéias mirabolantes para vender óculos. Apesar desta mazela, a população, aos poucos, está entendendo a importância de entregar sua visão a quem leva uma receita à sério.

Sempre haverá espaço para canalhas nos recintos onde habitam os homens íntegros, cabe aos íntegros, portanto, diferenciarem seus serviços no PDV, qualificando os colaboradores para deixar claro aos clientes onde está o lado do problema e o da solução.










CARTA DA BORIS TRADING


 Caros Licenciados, 
 
Tive a iniciativa de trazer à loja do Acaiaca o prof. Luiz Amorim para fazer consultoria e treinamento.
 
Foi sur-pre-en-den-te.
 
O prof. Amorim chegou trazendo um entusiasmo contagiante e idéias criativas, que aos poucos foi cativando a confiança dos colaboradores e captando a atenção e curiosidade para um"Modelo Ideal de Vendas".
 
Neste momento fizemos várias "encenações ou repport" de como atender e vender melhor ao cliente. 
 
Todas as dúvidas e questionamentos que surgiram durante o treinamento foram esclarecidos no ato.
 
Após esta etapa foi feita uma entrevista individual com cada colaborador e comigo.
 
As perguntas tinham o objetivo de construir o retrato da loja e passar para mim, a lojista, todas as necessidades detectadas desde o lay out, vendas, atendimento, até o bem estar dos colaboradores.
 
As respostas da entrevista fizeram-me ver que com um mínimo de dedicação, foco e atitude posso chegar a um máximo de excelência e sucesso.
 
Aproveitei a oportunidade de tê-lo comigo para abrir meus olhos e ouvidos, captando as sugestões de mudança na consultoria para atingir o faturamento ideal, tão desejado.
 
Recomendo aos meus colegas licenciados que aproveitem a oportunidade de termos aqui e agora o prof. Luiz Amorim para levá-lo as lojas de vocês. 
 
Acredito que gostarão tanto que será impossível alguém faltar no treinamento de domingo.
 
OBS.: O efeito do treinamento e da consultoria já surgiu resultado, pois nossa vendedora Jaqueline atendeu o cliente do jeito que foi orientada pelo prof. e teve a venda realizada com tranquilidade e sucesso. Isso foi muito bom porque deu cheque-mate as técnicas ensinadas pelo prof., mostrando que funciona.
 
Aproveito este email para agradecer a iniciativa da Boris Trading de patrocinar a vinda do prof. Amorim, com tempo hábil para o mesmo ter contato com os lojistas.
 
Espero ter colaborado com meu testemunho, bom proveito e até breve.
 
Adriana Freitas
Óticas Boris - Shop. Acaiaca
(085) 3212.0110 ou 8807.0933
adriana.oticasboris@hotmail.com
oticasboris.acaiaca@hotmail.com

ARMAÇÕES: OBJETOS DE SEDUÇÃO




Autor: Prof. Luiz Amorim

Nas vitrines e nas exposições internas as armações de óculos são verdadeiros objetos de desejo. Observadas e queridas constantemente pelos clientes, elas atraem os apaixonados ao interior da loja e os entrega solenemente aos vendedores para completarem o ciclo da paixão.

começa a decepção amorosa! Alguns vendedores, pouco afeitos às coisas do desejo, não identificam os sinais emitidos pelo cliente apaixonado e lá vai ele, correndo pegar armações, sem ao menos perguntar algo sobre o OBJETO DA SEDUÇÃO. Logo está de volta com montadas delas na mão, uma por cima da outra numa orgia sem critérios. Coloca-as na mesa e aos borbotões inicia o espetáculo deprimente de apresentações.

Certamente existe algum exagero nas citações acima, porém são propositais com intuito de chamar atenção dos poucos que praticam estes atos maléficos. Existe muito profissional competente no mercado, que sabe exercer seu ofício e dignifica a profissão, entretanto, existem outros que só estão ali “passando uma chuva” e não se comprometem com o trabalho em longo prazo. Faz pouco tempo que em visita de avaliação numa loja de grande rede, testemunhei in loco este ato negativo.

Em Salvador-BA, existe uma feira popular denominada São Joaquim, aonde todos os anos no mês de setembro, a população vai se abastecer de quiabos para a festa de São Cosme e São Damião. O produto é vendido na medida de “uma mão” que equivale a uma dúzia. Este gesto é instituído para evitar a perda de tempo com tanto produto. Desculpem meus leitores, mas levar armações de óculos até a posição de trabalho na forma que alguns, fazem mais parecer que estão vendendo quiabo na feira de S. Joaquim.

Poucos vendedores entendem sobre a arte de VENDER VALOR, para com esta atitude inteligente: cativar, reter e concretizar vendas. O cliente sabe diferenciar atendimento convencional prestado pela maioria dos medíocres, e atendimento de VALOR prestado por verdadeiros profissionais. Agora resta saber de que lado o lojista de ótica pretende colocar seus vendedores.

Muitos empresários se queixam das vendas ruins ou do baixo movimento em suas lojas. Mal sabem eles, que esta mazela vem-se construindo ao longo de meses e anos e agora chegou ao limite. Os clientes fazem escolhas criteriosas durante seu processo de valoração do investimento, portanto, não me surpreende que muitos quebrem e poucos sobrevivam nesta onda de baixo serviço.

O número de divórcios e separações está aumentando cada vez mais porque os pares não estão entregando no casamento o que prometeram no namoro e noivado. Da mesma forma muitas vendas estão se perdendo, pois ao se “apaixonarem” na vitrine os clientes perdem o encanto no interior da loja. Os OBJETOS DA SEDUÇÃO tornaram-se “sapos que eram príncipes”.


APELANDO PARA JESUS CRISTO



Autor: Prof. Luiz Amorim

JESUS foi até então, o maior instrutor de todos os tempos, criando de forma natural o único, melhor e mais difundido método de ensino (O CONHECIMENTO ATRAVÉS DA PALAVRA VIVENCIADA). Não desejo tornar este artigo uma exaltação da palavra bíblica, nem afrontar àqueles que não acreditam na palavra, contudo, se assim concluírem, peço-lhes humildemente o perdão.

Tentarei apelar para o exemplo de JESUS CRISTO, numa tentativa de tornar a relação de trabalho mais saudável e prazerosa para patrões e empregados. Creio que, somente através de uma convivência harmoniosa encontraremos paz e justiça entre os homens.

Ao contratar um empregado, muitos empresários esquecem que a figura humana é repleta de imperfeições, assim como eles próprios. Por desejar que o novo empregado cumpra com sua função, é natural e compreensível que o empresário ao necessitar dos préstimos do empregado lhe ensine o ofício. Exigir que o empregado cumpra o papel desejado sem a devida instrução é esperar “milagres”, e estes, somente a JESUS CRISTO foi permitido.

Ao selecionar seus discípulos, JESUS CRISTO encontrou pessoas humildes, sem conhecimento de causa, porém cheios de esperança. Convocou-os sem maior cerimônia, e estes, deixando seus afazeres o seguiram imediatamente. À partir daquele momento JESUS iniciou os ensinamentos aos discípulos, tornando-os capazes de cumprir cada missão ensinada, e assim, levar a esperança de paz e cura através do evangelho. JESUS ensinava através das parábolas, e isto incentivava aos discípulos raciocinarem para tirar conclusões às vezes óbvias, porém carregadas de puro sentimento cristão.

Muitos erros foram cometidos por alguns dos seus discípulos. Alguns destes erros, apesar da gravidade, foram perdoados por JESUS. Judas o traiu, Pedro negou seu nome por três vezes, e, todos aqueles que foram à razão da sua vinda (os Judeus), se apressaram em eliminá-lo para que não prejudicasse os seus interesses mundanos. Ora! JESUS foi capaz de perdoar, ainda em crucificação quando falou: -“Ó pai perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem”. Fica claro para mim que estas palavras de JESUS tinham o sentido de demonstrar que, o seu povo ainda não estava pronto, e por esta razão cometera tamanha traição.

JESUS, numa demonstração de humildade e compreensão divina, assumiu para si a responsabilidade de não ter tido o tempo ou a condição necessária para ensinar a bem aventurança, portanto, não condenaria os inocentes. JESUS sabia que muito ainda seria necessário para que grandes lições fossem aprendidas, antes que o julgamento pudesse ocorrer.

O evangelho nos mostra que JESUS deixou seu legado através dos discípulos, e estes, através dos seus escritos para que as lições sejam ensinadas e aprendidas, antes que a imperfeição humana se jacte ao direito de julgar.

Os empresários deveriam seguir este exemplo e fazer suas seleções com a sensibilidade necessária para escolher os inexperientes, porém despertar-lhes a humildade e perseverança. Deve lhes ensinar as melhores lições, permitindo assim que eles cumpram seu papel de colaboradores eficientes.

Não deve o empresário esperar que o autoconhecimento ou a própria iniciativa do empregado lhe conduza ao aprendizado necessário. Agindo desta forma o empresário será conivente com a ignorância e o único responsável por prejuízos causados. Em Romanos 12.7 está escrito em referência ao ensino: “Se o dom é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino”. Esta citação nos ensina que, ao menos o necessário devemos ensinar aos que necessitam do aprendizado para que estes possam realizar seu ofício com eficiência. Pelo menos isto se espera de patrões para com seus empregados.
Possuir uma autoestima elevada é importante, pois muitos têm uma péssima impressão de si mesmo. Esta é a razão de iluminar as mentes com ensino de qualidade sobre o ofício a desempenhar. Somente através do ensino correto é que alcançaremos a plenitude de nossas realizações.

ACREDITAR NO SONHO DE PRODUZIR CONHECIMENTO





Autor: Prof. Luiz Amorim


Quando iniciei o projeto do meu 5º livro O SEGREDO PARA VENDER + ÓCULOS, orei muito para que o Deus generoso de todos nós, fizesse deste projeto um veículo de transformação e melhoria das condições de trabalho aos milhares de empresários e vendedores do setor ótico brasileiro.

Após a conclusão do livro lancei-o na Fenóptica 2011 (Fortaleza), apresentando-me como um ilustre desconhecido, embora carregado de esperanças em lograr êxito naquele pleito. Agora, exatamente um ano após ao lançamento, retorno como convidado a este mesmo evento para proferir palestra sobre o tema do meu livro.

Muito tenho feito pelo Brasil para divulgação deste livro, e sentido a avidez do meu público alvo em acolher aprendendo os conceitos pregados no mesmo. Estou grato aos empresários e colaboradores do setor óptico, também muito feliz por ter-me dedicado tanto a esta nobre tarefa. Meu sucesso não me pertence e sim a todos àqueles que direta ou indiretamente acolheram minha iniciativa.

Da mesma forma, acredito nos empresários do setor que, obstinadamente enfrentam as dificuldades econômicas para se lançarem na empreitada de instalar suas óticas, mesmo contando com as inúmeras dificuldades que se apresentam. O rigor da vigilância sanitária, a economia vivendo momentos cíclicos, incapacitação funcional e ausência de mão de obra especializada, estes são, no conjunto, um desestímulo maior que uma motivação ao empreendedorismo.

Desejo parabenizar estes bravos empresários que acreditam nos seus sonhos e lutam bravamente para sobreviver aos impedimentos naturais do sistema vigente. Desejo que eles persigam seus objetivos, não se deixem levar pelos semeadores das discórdias, e, contribuam para construção de uma economia forte com empregabilidade.

Mais que 60% das empresas abertas no Brasil, e este índice vale também para o setor óptico, fecham no primeiro ano de existência. As causas das falências e fechamentos são diversas, entretanto a falta de vocação e crença no sucesso, certamente contribui para este quadro danoso e lamentável de nossa economia. Não basta um sonho na cabeça e algum dinheiro disponível para iniciar o negócio. O empresário do setor óptico precisa desenvolver o sonho possível e buscar as orientações certas para criar e desenvolver seu negócio.

Alguns inimigos do sucesso podem ser apontados com clareza: ambição em ganhar muito dinheiro, desrespeito para com os colaboradores e clientes, desobediência aos instrumentos jurídicos e sociais, enfim a incapacidade de entender que o negócio ótica é um bem privado de natureza pública. Quem manda no negócio é o cliente com sua preferência e fidelidade.

Julgar-se capaz de romper o sistema e vencer as dificuldades com métodos empíricos é infantilidade ou incompetência declarada. Fazer o que se sabe ou àquilo que se aprendeu com muita dedicação é o caminho para prosperidade e o sucesso. Quem espera ganhar dinheiro rápido com empresa no ramo óptico, invariavelmente sucumbe diante das complexidades no empreendedorismo.

Acreditem no sonho possível e qualifiquem-se para a competição rigorosa que nosso mercado oferece. Estude seu mercado, converse com pessoas qualificadas ou consulte os órgãos competentes para inteirar-se sobre seu novo negócio. Não entre na competição sem conhecer as regras do jogo.

A TRAGICOMÉDIA DOS BALCÕES DAS ÓTICAS


Autor: Prof. Luiz Amorim

Tenho insistido aqui neste portal, através dos meus artigos, a importância vital em treinar vendedores para o atendimento em óticas. Neste último ano, transitei pelo Brasil proferindo palestras e cursos sobre atendimento, e, nestas andanças, colecionei algumas pérolas proferidas pelos vendedores despreparados de algumas óticas, as quais compartilho agora com meus leitores.

OCULOS NÃO FAZ MILGARES– A Cliente chegou na ótica e perguntou: - Você pode arranjar uma armação que me deixe mais bonita e jovial? O vendedor sem papas na língua, daqueles que falam sem ligar o cérebro disse em seguida: - Minha senhora óculos não faz milagres, por que a senhora não procura o bom cirurgião plástico!

Conselho útil aos vendedores: Óculos podem fazer muito para elevar a autoestima das pessoas e até melhorar alguns aspectos do envelhecimento. Uma boa maquiagem orientada pelo desenho dos olhos e dos óculos atenua rugas e linhas de expressão mais marcantes.

QUEM VENDE ÓCULOS DEVE USAR ÓCULOS? Uma cliente que provava as armações, cheia de dúvidas, estranhou o fato de a vendedora falar tão bem dos óculos ofertados, sem que a mesma fosse usuária dos mesmos. Curiosa com este fato perguntou para a vendedora: - Minha filha você não usa óculos, então por que fala tão bem deles? A vendedora toda confiante fez seu auto-elogio sem pensar nas conseqüências: - Senhora, graças a Deus nunca precisei deste sacrifício!

Conselho útil aos vendedores: Todo vendedor de ótica deveria usar óculos, mesmo àqueles com lentes planas. Os fabricantes deveriam estimular esta prática fornecendo algumas armações de brindo junto com os pedidos. Vendedor é o grande modelo a desfilar as tendências dentro da loja. Conheço muitos casos onde o cliente olhe para o vendedor, elogia seus óculos e pergunta se não tem alguma armação daquela para lhe oferecer.

ELEVANDO A TEMPERATURA DA VENDA - O vendedor não sabia interpretar a receita e foi colocado diretamente no atendimento para aprender com os próprios erros. Uma cliente desejando saber sobre detalhes da receita, perguntou: - O que significa este nº 180º? O vendedor apressadamente lhe informou: - Este número é a temperatura dentro do seu olho.

Conselho útil aos vendedores: Tudo que pode ser ensinado pode ser aprendido, porém àquilo que não se sabe não deve ser divulgado. A responsabilidade é do empresário que não ensina, não inspeciona o aprendizado ou avalia mal seus colaboradores durante o atendimento.

ACREDITE SE QUISER - A vendedora cheia de falsos argumento técnicos vendeu uma lente fotossensível ao cliente, porém, após uma semana, este veio reclamar que a lente não escurecia ao sol. A vendedora o tranqüilizou informando: Não se preocupe senhor, pois esta lente só ativa com 30 dias após a venda.

Conselho útil aos vendedores: Omitir por desinformação é aceitável até certos limites, porém mentir deslavadamente compromete a saúde das pessoas e a credibilidade da ótica.

DEUS ME LIVRE DESTAS ÓTICAS - O empresário precisava inaugurar a ótica, porém não se preocupara com os vendedores para o atendimento. Indagado por um colega sobre como pretendia resolver a questão falou: - Eu não to nem aí para este problema, já falei com algumas empacotadoras e promotoras de um mercadinho vizinho meu, e elas toparam sair a qualquer momento. Só depende de mim!

Conselho útil aos vendedores: Não basta achar pessoas para o atendimento em ótica, o treinamento específico é fundamental e necessário. Quem começa um negócio desta forma, vai experimentar em breve a falência.
Quero agradecer aos amigos diletos Artemir Bezerra, Alex e Luiz Perez por esta colaboração, afinal eles tem muito mais tempo de campo que eu e puderam ajudar com este artigo.
Aos amigos leitores que apreciam estas tragicomédias, peço enviar suas colaborações, pois pretendo citá-las em meu próximo livro. Talvez elas nos divirtam e ensinem, apesar de terem causado algum mal aos clientes.