sábado, 19 de janeiro de 2013

OLHOS ATENTOS AOS OLHOS DO CLIENTE


Autor: Prof. Luiz Amorim


A verdadeira viagem na busca da identificação dos desejos de nossos clientes não está na criação de belas vitrines ou lojas suntuosas, mas sim nos olhos atentos dos consultores das óticas.
Vendedores que só tem olhos para armações e lentes, e, não olham nos olhos dos seus clientes, não conseguem enxergar a emoção, o desejo e tantos outros sentimentos ocultos. Estes sentimentos estão ali, prontos para se revelarem, porém, falta-lhes o estímulo necessário à revelação, que somente um consultor hábil e sábio saberá acionar.
Os vendedores de óticas são pouco afeitos aos afagos e cortejos que despertam a emoção dos clientes no início do relacionamento. Falta-lhes a percepção para entender os desejos, apreensões, necessidades e vaidades tão comuns na natureza humana.
Fazer uma investigação preliminar para estabelecer um diálogo esclarecedor e estreitar laços é imprescindível para se conseguir as informações necessárias ao pleno atendimento técnico e comercial. Sem conhecer o universo dos clientes não se atende bem, não se vende bem e tudo pode ir mal.
As armações deixaram de ser simples aros para lentes, faz tempo, porém os vendedores não entenderam direito esta lição. Atualmente elas obedecem a critérios de: moda, tendência, estilos, época, personalidade, além de outros requisitos necessários à saúde visual. Podemos até assegurar que os motivos aleatórios à saúde, são determinantes na hora da compra. Existe sim uma inversão dos valores neste caso, pois os preconceitos e estigmas contra os óculos já se extinguiram para dar lugar ao objeto do desejo.
Da mesma forma, as lentes evoluíram e já disponibilizam aos usuários o melhor da tecnologia em forma, leveza e características próprias que lhe emprestam um tom de elegância e conforto associados.
Diante da complexidade destes dois personagens do mundo óptico, como pode o vendedor ser simplista, tratando ambos os produtos como meros produtos de balcão? Desde apresentá-los amontoados na própria mão, até deixá-los esquecidos por cima da mesa, toda sorte de desprezo tem sido destinado a esta nobreza.
Onde estão os olhos dos empresários e lideranças responsáveis por estas pessoas? Por que não atentam para o fato de que, esta viagem ao esquecimento com velhas paisagens, cega os olhos para o essencial?
Nós críticos, também somos clientes e sabemos sobre o que estamos falando. Não atamos relações com pessoas descomprometidas com os nossos interesses, e, muito menos com vendedores que não nos conhecem, não procuram nos conhecer, mas, pretensiosamente, tentam vender o que eles mal conhecem.

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