quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A ÁGUA CHEIRA MAL QUANDO ESTAGNADA
Se o movimento é o oposto da inércia e o conhecimento o oposto da ignorância, então o que fazem certos empresários ao permitir que seus colaboradores permaneçam nas trevas do saber óptico?
Ao pesquisar sobre a evolução das lentes oftálmicas desde a segunda guerra mundial, vejo que, grande parte dos vendedores de óticas estão na contra mão desta evolução. Esta equação jamais será resolvida se, de um lado os empresários e do outro as entidades que congregam o setor não unirem esforços para qualificar melhor a parte mais sacrificada desta equação “os vendedores de ótica”.
Ultimamente surgiram alguns cursos via internet, os quais se configuram uma iniciativa importante e fundamental para diminuir as distâncias entre a ignorância e o saber óptico. Não poderia eu, julgar o alcance e a eficácia desta iniciativa, caso não visitasse o portal OPTICANET e cumprisse todas as etapas “39 módulos” do programa GRATUITO para formação de consultores ópticos deste conceituado portal. Só para registro, meu aproveitamento foi 75% dos 60% permitidos para obtenção do certificado.
Fiquei impressionado com a disposição do (Sindióptica.SP), na pessoa do dileto amigo Luiz Perez  em colaborar com seu histórico profissional para o conteúdo programático do curso, assim como pela aquisição de um plataforma inteligente adquirida pelo Opticanet para ofertar o curso, inteiramente grátis aos interessados.
O programa abrange todos os aspectos importantes para o aprendizado do aluno, notadamente o domínio de indicações precisas para lentes oftálmicas. Nada foi esquecido, daquilo que julgamos importante aos vendedores saber, no momento do atendimento as receitas de óculos.
O empresário pode, se desejar, desenvolver um programa interno de treinamento para seus colaboradores, e, a cada semana cumprir um módulo. Desta forma, em apenas um ano finalizará curso e receberá os certificados dos colaboradores inscritos. Os módulos estudados podem ser avaliados e discutidos entre si, em seguida, cada inscrito responderá ao questionário do programa. Julgo ser esta, a forma mais recomendada para cumprir as etapas sem cansar ou tornar enfadonho o estudo.
Qual será agora, a desculpa para estas expressões:
·         Não tenho tempo.
·         Não existem cursos na minha cidade.
·         Não tenho dinheiro para pagar um curso.
·         Não vou financiar empregado para ele trabalhar na concorrência.
·         Livro é chato e custa caro.
·         É praticando que se aprende.
·         ETC.

Enquanto a miopia de alguns empresários sobre a qualificação não for corrigida, enquanto o astigmatismo cultural dos vendedores enxergar o horizonte confuso e, as empresas de lentes e armações não estabilizarem suas hipermetropias para ver além dos próprios lucros, o cenário atual não se modificará.
Parabéns ao portal Opticanet e ao Sindióptica.SP por esta iniciativa brilhante. Que este zelo pelo aprendizado sirva de inspiração para que outros protagonistas do setor óptico cumpram também seu papel de cidadania.

Enquanto os vendedores não aprendem, eles não vendem, não ganham e, não conquistam clientes. Seguindo neste diapasão, eles abandonarão o barco para se aventurarem em outras paragens.
“Àquilo que não se gosta de fazer por que não aprendeu fazer, não vale a pena tentar fazer direito” Abraham Maslow
Luiz Amorim – Consultor Comercial



AS DUAS FACES DA MOEDA
A quem interessa o voto aberto? Quem ganha e quem perde?
Como de hábito, o povo sempre sai perdendo com as decisões parlamentares. É notório o interesse político, partidário e financeiro que envolve as votações nas esferas políticas municipais, estaduais e federais. As grandes corporações, empoleiradas nas verbas palacianas, financiam seus defensores políticos que, perpetuados no poder, asseguram as vantagens para seus patrocinadores e para si mesmos, num descalabro vergonhoso para estes ditos “representantes do povo”.
A política é o exercício permanente da arte dos contrários. Tudo que o povo deseja para seu bem estar nunca é visto como prioridade, salvo quando eles, os políticos, vislumbram uma oportunidade de tirar proveito em causa própria. Nós escolhemos estes representantes para defender nossas causas, contudo eles, ao chegarem ao poder, fazem tudo ao contrário do que prometeram, ou ainda nada fazem que lhes possa comprometer o mandato e as benesses que o poder lhes confere.
O presidente do Senado Renan Calheiros, recebeu o projeto de lei do voto aberto oriundo do congresso, aprovado na íntegra, entretanto deseja fatiá-lo, ou seja: permitirá o voto aberto, apenas às cassações de mandato, quando estes forem definidos pelo STF ou pela comissão de ética do congresso. Concluindo, tudo o mais ficará como antes, com os parlamentares escondendo a cara de pau ao povo que os elegeu.
“ Duas faces da moeda
O atual modelo político favorece indústrias e governos internacionais  injetarem bilhões nas campanhas políticas para que seus REPRESENTANTES continuem perpetuamente no poder.
Com a votação aberta, se um político que foi patrocinado pela indústria de armas(por exemplo) vota  contra esta indústria, este político perderá as verbas que garantiriam sua reeleição.
Então agora temos a seguinte equação:
Eu político eleito graças as verbas de meu patrocinador, mesmo desejando votar à favor do povo, voto  contra o povo, mas depois compro o voto deste povo  ( a repetição foi proposital )ou
Voto à favor do povo e decreto minha extinção enquanto político...
O que fazer ???”
Por outro lado, o voto secreto privilegia o político corrupto, que aceita propinas para votar conforme a demanda permitir ( quem paga mais, leva )

O texto grifado acima é uma colaboração do amigo Wilson C. Pires (Presidente do CROO-GO), o qual compartilha comigo algumas ideias sobre o tema.
Se o voto aberto for aprovado pelo senado, conforme alterações propostas pelo Presidente da casa, concluímos por um futuro incerto aos interesses do cidadão e das entidades de classe que dependem das votações neste mesmo congresso. 
O Projeto de lei intitulado ato médico, foi uma amostra do que falamos. Este circulou no Congresso por mais de onze anos, e, favorecia apenas uma classe em detrimento de toda Sociedade.
A aprovação do projeto em lei, com os vetos, fez do povo vitorioso, graças às ações organizadas de todas as áreas da saúde não medica.
Outras decisões graves circulam em Brasília. A democracia foi distorcida e tornou-se um problema, criado por nossa Sociedade e, somente será resolvido com perdas unilaterais.

Resta aos interessados diretos, povo que vota e se manifesta, criar movimentos e campanhas de esclarecimento ao público, mostrando as verdades desconhecidas por eles. Estas verdades irão despertar a opinião pública para o descalabro no qual se configura o corporativismo médico contrário ao acesso da população aos serviços de saúde especializados. Creio que, somente com uma população sabedora das suas perdas, se conseguirá a pressão para mudar 

Se o projeto de lei do voto aberto for aprovado pelo senado, conforme os interesses dos políticos que lá estão, concluímos por um futuro incerto aos interesses dos cidadãos e das entidades de classe que dependem das votações neste mesmo congresso.
Resta aos interessados diretos, povo, manifestar-se, fazer valer a sua vontade e, através de movimentos organizados, realizar campanhas de mobilização contra os descaminhos que ocorrem no congresso brasileiro. Não dá mais para conviver com este corporativismo escandaloso.
Como pode ser observado, projetos de lei não deveriam ser produto das expectativas de um grupo que visa apenas seus próprios benefícios. Debates abertos, buscando os segmentos organizados, visando o amadurecimento das propostas, causariam menos danos aos verdadeiros interessados por estes projetos, (o povo). O problema é que a estrutura política organizada favorece a quem já se encontra no poder, e esta estrutura viciada, provoca em nossos “administradores públicos” (os políticos), o desejo ardente de lá permanecerem para sempre. Se criamos o problema, haveremos de solucioná-lo.
Eis as duas faces da moeda!

Luiz Amorim - Consultoria Especializada & Wilson C. Pires – Presidente do CROO-GO