terça-feira, 8 de setembro de 2015

A INEVITÁVEL ZONA DE CONFORTO QUE ALIMENTA O ÓCIO
Enquanto o desemprego aumenta, a busca por uma vaga no mercado de trabalho toma fôlego dentro desta crise que ameaça nossa segurança. Novos candidatos tentam se habilitar, enquanto os desempregados disputam a mesma vaga com disposição nunca vista em época de normalidade econômica.
Nas entrevistas os candidatos se esmeram e tentam demonstrar todo potencial adquirido para merecer a vaga, sendo por fim àquele melhor sucedido acolhido no novo emprego. Muitas destas vagas são disputadas de forma acirrada, levando os concorrentes a se olharem de forma hostil como se o outro fosse uma pedra no caminho.
Por fim, após uma maratona de perguntas e respostas (nem sempre convincentes), a vaga é preenchida, indo o novo empregado se misturar aos antigos vendedores. Enquanto os antigos tentam doutrinar o novo colega, este desavisadamente mostra uma disposição de leão para se fazer merecedor dos elogios de todos. Mal sabe este pobre coitado que logo será reconduzido ao lugar comum onde se pratica o ócio diário.
Existe um componente na natureza humana que nos conduz a inércia, sempre que não somos exigidos para correr, lutar ou fugir. Talvez o instinto primitivo explique este comportamento, contudo a atividade de venda não tolera a viciante “zona de conforto”.
No início o novo contratado deseja saber de tudo, mostra-se interessado e amistoso, e, é todo sorriso quando inicia o contato com clientes. Com tanta disposição se assemelha a alguém que tomou um “red bull” para ganhar asas. Após alguns dias este ânimo arrefece e o efeito do energético mental começa a se desfazer devolvendo-o ao espaço terreno onde vivem seus pares.
Passados mais alguns meses, lá está o novo empregado fazendo fileira com os antigos vendedores para entrar na inevitável zona de conforto que alimenta o ócio. Desta forma ele agora faz parte do time e não pode contrariar a maioria. Melhor ser igual do que mostrar-se diferente e ser ameaçado de demissão pelos próprios colegas.
Certamente existem muitos vendedores competentes e comprometidos, mesmo novos candidatos, porém este componente natural da natureza humana nos surpreende, fazendo-nos refém deste comportamento inconveniente.
Vários são os fatores que interferem nas atitudes e comportamentos das pessoas, e por esta razão os empresários devem ficar atentos para desvios de condutas. É preciso vigilância eterna ao quadro de vendedores, pois sem uma liderança presente e exigente não existe vendedor obediente.


Profº Luiz Amorim – Consultor Especializado
Autor do Livro: O segredo para vender + óculos
luiz.amorimescritor@gmail.com



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