AS DUAS
FACES DA MOEDA
A quem
interessa o voto aberto? Quem ganha e quem perde?
Como de
hábito, o povo sempre sai perdendo com as decisões parlamentares. É notório o
interesse político, partidário e financeiro que envolve as votações nas esferas
políticas municipais, estaduais e federais. As grandes corporações,
empoleiradas nas verbas palacianas, financiam seus defensores políticos que,
perpetuados no poder, asseguram as vantagens para seus patrocinadores e para si
mesmos, num descalabro vergonhoso para estes ditos “representantes do povo”.
A política é o exercício permanente
da arte dos contrários. Tudo que o povo deseja para seu bem estar nunca é visto como prioridade,
salvo quando eles, os políticos, vislumbram uma oportunidade de tirar proveito
em causa própria. Nós escolhemos estes representantes para defender nossas
causas, contudo eles, ao chegarem ao poder, fazem tudo ao contrário do que
prometeram, ou ainda nada fazem que lhes possa comprometer o mandato e as
benesses que o poder lhes confere.
O presidente
do Senado Renan Calheiros, recebeu o projeto de lei do voto aberto oriundo do
congresso, aprovado na íntegra, entretanto deseja fatiá-lo, ou seja: permitirá
o voto aberto, apenas às cassações de mandato, quando estes forem definidos
pelo STF ou pela comissão de ética do congresso. Concluindo, tudo o mais ficará
como antes, com os parlamentares escondendo a cara de pau ao povo que os
elegeu.
“ Duas faces da moeda
O atual modelo político favorece indústrias e governos internacionais injetarem bilhões nas campanhas políticas para que seus REPRESENTANTES continuem perpetuamente no poder.
Com a votação aberta, se um político que foi patrocinado pela indústria de armas(por exemplo) vota contra esta indústria, este político perderá as verbas que garantiriam sua reeleição.
Então agora temos a seguinte equação:
Eu político eleito graças as verbas de meu patrocinador, mesmo desejando votar à favor do povo, voto contra o povo, mas depois compro o voto deste povo ( a repetição foi proposital )ou
Voto à favor do povo e decreto minha extinção enquanto político...
O que fazer ???”
O atual modelo político favorece indústrias e governos internacionais injetarem bilhões nas campanhas políticas para que seus REPRESENTANTES continuem perpetuamente no poder.
Com a votação aberta, se um político que foi patrocinado pela indústria de armas(por exemplo) vota contra esta indústria, este político perderá as verbas que garantiriam sua reeleição.
Então agora temos a seguinte equação:
Eu político eleito graças as verbas de meu patrocinador, mesmo desejando votar à favor do povo, voto contra o povo, mas depois compro o voto deste povo ( a repetição foi proposital )ou
Voto à favor do povo e decreto minha extinção enquanto político...
O que fazer ???”
Por outro lado, o voto secreto privilegia o político corrupto, que
aceita propinas para votar conforme a demanda permitir ( quem paga mais, leva )
O texto grifado acima é uma colaboração do amigo Wilson C. Pires
(Presidente do CROO-GO), o qual compartilha comigo algumas ideias sobre o tema.
Se o voto aberto for aprovado pelo senado, conforme
alterações propostas pelo Presidente da casa, concluímos por um futuro
incerto aos interesses do cidadão e das entidades de classe
que dependem das votações neste mesmo congresso.
O Projeto de lei intitulado ato médico, foi uma amostra do que falamos.
Este circulou no Congresso por mais de onze anos, e, favorecia apenas uma
classe em detrimento de toda Sociedade.
A aprovação do projeto em lei, com os vetos, fez do povo vitorioso,
graças às ações organizadas de todas as áreas da saúde não medica.
Outras decisões graves circulam em Brasília. A democracia foi distorcida
e tornou-se um problema, criado por nossa Sociedade e, somente será resolvido
com perdas unilaterais.
Resta aos interessados diretos, povo que vota e se
manifesta, criar movimentos e campanhas de esclarecimento ao público, mostrando
as verdades desconhecidas por eles. Estas verdades irão despertar a opinião
pública para o descalabro no qual se configura o corporativismo médico
contrário ao acesso da população aos serviços de saúde especializados. Creio
que, somente com uma população sabedora das suas perdas, se conseguirá a
pressão para mudar
Se o projeto de lei do voto aberto for aprovado pelo senado, conforme os interesses dos
políticos que lá estão, concluímos por um futuro incerto aos interesses dos
cidadãos e das entidades de classe que dependem das votações neste mesmo congresso.
Resta aos interessados diretos, povo, manifestar-se,
fazer valer a sua vontade e, através de movimentos organizados, realizar
campanhas de mobilização contra os descaminhos que ocorrem no congresso
brasileiro. Não dá mais para conviver com este corporativismo escandaloso.
Como pode ser observado, projetos de lei não deveriam ser
produto das expectativas de um grupo que visa apenas seus próprios benefícios.
Debates abertos, buscando os segmentos organizados, visando o amadurecimento
das propostas, causariam menos danos aos verdadeiros interessados por estes
projetos, (o povo). O problema é que a estrutura política organizada favorece a
quem já se encontra no poder, e esta estrutura viciada, provoca em nossos “administradores
públicos” (os políticos), o desejo ardente de lá permanecerem para sempre. Se
criamos o problema, haveremos de solucioná-lo.
Eis as duas faces da moeda!
Luiz Amorim
- Consultoria Especializada & Wilson C. Pires – Presidente do CROO-GO
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