Autor: Prof. Luiz Amorim
A verdadeira viagem na busca da identificação dos desejos de
nossos clientes não está na criação de belas vitrines ou lojas suntuosas, mas
sim nos olhos atentos dos consultores das óticas.
Vendedores que só tem olhos para armações e lentes, e, não
olham nos olhos dos seus clientes, não conseguem enxergar a emoção, o desejo e
tantos outros sentimentos ocultos. Estes sentimentos estão ali, prontos para se
revelarem, porém, falta-lhes o estímulo necessário à revelação, que somente um
consultor hábil e sábio saberá acionar.
Os vendedores de óticas são pouco afeitos aos afagos e
cortejos que despertam a emoção dos clientes no início do relacionamento.
Falta-lhes a percepção para entender os desejos, apreensões, necessidades e vaidades
tão comuns na natureza humana.
Fazer uma investigação preliminar para estabelecer um
diálogo esclarecedor e estreitar laços é imprescindível para se conseguir as
informações necessárias ao pleno atendimento técnico e comercial. Sem conhecer
o universo dos clientes não se atende bem, não se vende bem e tudo pode ir mal.
As armações deixaram de ser simples aros para lentes, faz
tempo, porém os vendedores não entenderam direito esta lição. Atualmente elas obedecem
a critérios de: moda, tendência, estilos, época, personalidade, além de outros
requisitos necessários à saúde visual. Podemos até assegurar que os motivos
aleatórios à saúde, são determinantes na hora da compra. Existe sim uma
inversão dos valores neste caso, pois os preconceitos e estigmas contra os
óculos já se extinguiram para dar lugar ao objeto do desejo.
Da mesma forma, as lentes evoluíram e já disponibilizam aos
usuários o melhor da tecnologia em forma, leveza e características próprias que
lhe emprestam um tom de elegância e conforto associados.
Diante da complexidade destes dois personagens do mundo
óptico, como pode o vendedor ser simplista, tratando ambos os produtos como
meros produtos de balcão? Desde apresentá-los amontoados na própria mão, até
deixá-los esquecidos por cima da mesa, toda sorte de desprezo tem sido
destinado a esta nobreza.
Onde estão os olhos dos empresários e lideranças
responsáveis por estas pessoas? Por que não atentam para o fato de que, esta
viagem ao esquecimento com velhas paisagens, cega os olhos para o essencial?
Nós críticos, também somos clientes e sabemos sobre o que
estamos falando. Não atamos relações com pessoas descomprometidas com os nossos
interesses, e, muito menos com vendedores que não nos conhecem, não procuram
nos conhecer, mas, pretensiosamente, tentam vender o que eles mal conhecem.
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