terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A ÓTICA QUE PAROU NO TEMPO


Autor: Prof. Luiz Amorim

Os objetivos da maioria dos empresários no setor óptico são: pagar as drogas das contas, venderem alguns óculos para equilibrar o orçamento, sobreviver até o final do mês ou não fechar as portas até o final do ano, em suma, estão aprisionados na armadilha de ganhar a vida, em vez de projetar uma história digna para suas empresas.

Será que estes empresários acham que estes objetivos vão lhe proporcionar a capacidade de explorar a vasta reserva de poder que existe dentro deles? É muito difícil! Devemos lembrar que nossos objetivos nos afetam, quaisquer que sejam, em quaisquer circunstâncias. Se não plantamos conscientemente as sementes que desejamos no jardim das nossas óticas, elas acabarão com ervas daninhas lhe sufocando e matando-a aos poucos. As ervas daninhas não precisam que as cultivemos, elas tem vida própria e brotam em qualquer solo mal cuidado.

Se quisermos descobrir as possibilidades ilimitadas das nossas óticas, devemos encontrar um objetivo bastante ambicioso para nos desafiar a ir além dos nossos limites, e, alcançar o verdadeiro potencial.

Devemos lembrar que as condições atuais não refletem o seu supremo potencial, mas sim a dimensão e qualidade dos objetivos que você focaliza no momento. Devemos todos descobrir ou criar uma MAGNÍFICA OBSESSÃO PARA VENCER!

O texto acima é uma adaptação para o segmento óptico, extraído do livro: Desperte o Gigante Interior de Anthony Robbins.

O que o livro não contempla, mas aqui faço referência oportuna, é a forma como alguns empresários do setor óptico tratam as questões do quotidiano comercial e seus colaboradores. Não bastasse a imensa dificuldade em captar e reter talentos, estes empresários tratam as jóias que possuem (os vendedores) como se não precisassem delas.

A remuneração é muitas vezes injusta e desproporcional ao talento, chegando às vezes, remunerar apenas a comissão sem salário (ou seja), paga-se o que for maior. Explico: Se ao final do mês a comissão for menor que o salário, paga-se o salário integral, porém este, vem seguido de uma advertência sobre a permanência do empregado no próximo mês . Ao contrário, se a comissão é maior que o salário, paga-se a comissão, apenas isto, e, nada mais.

Em minhas consultorias, quando alguns vendedores me revelaram esta situação, confesso não ter acreditado. Em seguida, fiz algumas pesquisas, confirmando assim esta realidade.

É lamentável que alguns empresários do segmento óptico que estão enriquecendo seus patrimônios particulares, não retribuam os vendedores que diariamente demonstram empenho e comprometimento com as vendas.

Alguns vendedores mais éticos e medrosos, aceitam esta escravidão branca, afinal, não contam com outras oportunidades em sua região. A maioria, no entanto, está sabotando e conspirando contra os resultados da ótica. Muitos deles já lesaram o caixa da empresa, deixando um rastro de péssimos exemplos aos que ficaram.

É chegada à hora de reconhecer os valores do quadro funcional, qualificá-los para o atendimento por excelência, e, acima de tudo, remunerá-los honestamente para fazer jus ao empenho cada vez maior destes colaboradores.

No tabuleiro deste jogo, as peças estão mudando de lado por alguns reais a mais, e, àquele que não soube jogar, deixou de ter um grande aliado para ganhar um terrível concorrente. Como se isto não bastasse, a clientela do injustiçado vai atrás dele esvaziando o tabuleiro dos jogadores (empresários) amadores.

A ÓTICA QUE PAROU NO TEMPO é àquela cujo proprietário não sabe ao certo por que está no ramo, não promove o desenvolvimento do capital humano e não respeita seus clientes. A estes, só resta um futuro sombrio onde haverá choro e ranger de dentes.

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